Revista Novo Perfil Esportes

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Pela primeira vez, o ginásio do Palatrieste ficou lotado. As arquibancadas estavam cheias para ver o duelo entre Brasil e Sérvia, as duas melhores equipes do Grupo B do Mundial feminino. E os dois times não decepcionaram os mais de seis mil torcedores presentes. Com direito a vários ralis marcados por defesas incríveis, a seleção feminina venceu a forte equipe sérvia de virada, por 3 sets a 1, (parciais de 24/26, 25/21, 25/19 e 25/23) e garantiu o topo da chave pela primeira etapa da competição italiana. O grupo do técnico José Roberto Guimarães se despede de Trieste com 100% de aproveitamento, depois de cinco jogos e cinco vitórias.


- Eu achei o time da Sérvia mais agressivo do que o nosso no primeiro set. No começo do segundo set, a gente começou a se ajustar melhor ao time da Sérvia, e elas cometeram mais erros. O nosso time também começou a ter uma agressividade diferente. Quando abaixamos um pouquinho a guarda no quarto set, perdemos cinco pontos ali e precisamos correr atrás de novo. Essas são as lições que ficam. Não se pode abaixar a guarda para um time bom como esse - comentou o técnico José Roberto Guimarães.

Pouco depois do fim do jogo, o Brasil conheceu a sua chave na segunda fase, em Verona. A equipe estreia na quarta-feira contra Cazaquistão e pega a Holanda no dia seguinte. No sábado e no domingo terá pela frente Estados Unidos e Rússia, respectivamente. Todos os jogos serão às 15h, no horário de Brasília, e terão transmissão ao vivo do SporTV e cobertura do GloboEsporte.com em Tempo Real - os assinantes do Canal Campeão ainda podem assistir pelo SporTV Play. Sérvia, Bulgária e Turquia também estão no grupo F, mas equipes que vieram do mesmo grupo não se enfrentam novamente. Todas, porém, levam os pontos dos confrontos contra os rivais que avançaram para a segunda fase - os EUA lideram com nove, à frente do Brasil, com oito. Os três melhores avançam para a terceira etapa, quando se juntam aos três melhores do grupo E. Dos seis times, saem os quatro semifinalistas. 

A nova revelação do vôlei sérvio, Tijana Bošković, foi a maior pontuadora da partida, com 24 pontos. Pelo Brasil, a ponteira Jaqueline a central Thaísa marcaram 16 pontos cada. A ponteira Fê Garay e a central Fabiana também foram bem, marcando 12 pontos. 

O Jogo

O primeiro ponto do jogo saiu de uma pancada da nova sensação europeia: a oposto Bošković, de apenas 17 anos. Como contra a Turquia, o Brasil começou com o sistema defensivo desorganizado, atrapalhando a construção dos contra-ataques. Duas bolas brasileiras para fora e um ataque de Brankica colocaram as sérvias em confortável vantagem: 6/1. Com Thaísa forçando no saque, o Brasil pontuou duas vezes no bloqueio e entrou para o jogo. Jaqueline cresceu no ataque e deixou tudo igual: 8/8. A virada veio depois de um belo ace de Fabiana: 10/9. Mais uma vez bem ofensivamente, Jaque soltou outras duas pancadas pela ponta e ajudou sua equipe a abrir vantagem: 13/11. A Sérvia seguiu na cola. Com boas bolas de Brizitka e Brankica conseguiu recuperar o comando: 19/18. Os dois times foram trocando de posição. Quando o placar estava em 24/23 para as brasileiras, um ataque duvidoso de Brankica mudou os rumos do set. O árbitro não quis ouvir os pedidos de bola fora. As adversárias cresceram e, com mais um ataque de Brankica, fecharam em 26/24.


O segundo set começou com ponto de ataque de Fê Garay. O confronto seguiu equilibrado. Depois de uma pancada de Fabiana na diagonal e um erro de ataque sérvio, o Brasil abriu 5/3. Mas, em seguida, as brasileiras voltaram a cometer muitos erros. Desorganizadas em quadra, permitiram a virada: 8/6. Com um ataque de Fê Garay e um bloqueio de Thaísa, a seleção deu o troco: 9/8. O jogo seguiu com belos ralis. Em um deles, Jaqueline fez duas defesas incríveis, e Sheilla colocou a bola no chão: 12/9. A central Milena Rasic cresceu no jogo, pontuando no ataque e bloqueio deixou tudo igual mais uma vez: 15/15. Em seguida, Sheilla desperdiçou um contra-ataque atacando para fora. Mas, depois de um erro de posicionamento das sérvias e um bloqueio de Thaísa, o Brasil respirou: 19/17. Um ace de Thaísa fez aumentar a vantagem: 22/19. Com um belo ataque de Jaque explorando o bloqueio adversário, o time de Zé Roberto fechou em 25/22.

Com dois pontos de ataque e um de bloqueio de Bošković, a Sérvia abriu 4/0 no início do terceiro set. Thaísa, no bloqueio, interrompeu a boa sequência das adversárias. Depois de uma bola de segunda da levantadora Dani Lins, o Brasil encostou: 5/4. O empate saiu com um bloqueio de Fabiana e, a virada, depois de um erro de dois toques de Brankica: 8/7. Daí por diante, a seleção cresceu. Dois pontos de bloqueios seguidos deixaram a vantagem mais confortável: 12/7. Sobrando em quadra, Jaque seguiu somando muitos pontos para o time verde e amarelo. As sérvias sentiram, cometeram falhas e facilitaram a armação das jogadas das adversárias: 20/11. Bošković e Brankica ainda soltaram boas pancadas, mas já era tarde para ensaiar uma reação. Com um belo ataque pelo meio de Thaísa, as brasileiras venceram o quarto set por 25/19. 


O quarto set começou com as duas equipes medindo forças. Depois de uma bola para fora de Jaque na paralela, as sérvias abriram pequena vantagem: 5/3. Mas o Brasil seguiu na cola. Após uma sequência de incríveis defesas, Thaísa deixa tudo igual com um ponto de bloqueio: 7/7. Em um dos ralis mais bonitos da partida, a categoria de Fê Garay fez a diferença, e a seleção virou: 9/8. O ponto suado deu moral para o time de Zé Roberto. Fabiana voltou a soltar suas bombas pelo meio, e Jaqueline explorou o bloqueio rival para ampliar: 16/12. Com a boa margem de vantagem no placar, as brasileiras relaxaram, cometeram erros seguidos de recepção, e as rivais arrancaram o empate: 21/21. No momento decisivo, Fê Garay soltou uma bomba, e a bola não voltou: 25/23, e vitória por 3 a 1.

Revista Novo Perfil online
Fonte: Lydia Gismondi/Globoesporte.com
Fotos: FIVB


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