Revista Novo Perfil Esportes

quarta-feira, 1 de outubro de 2014


No primeiro grande teste da temporada, diante do Paris Saint-Germain, o Barcelona não conseguiu superar os próprios limites e conquistar três pontos fora de casa. O time espanhol vacilou no sistema defensivo em duas oportunidades, o que foi determinante para a construção do resultado de 3 a 2 para os franceses, que marcou, além da queda do sistema defensivo – que levou os primeiros tentos contra–, a primeira derrota do Barça na atual temporada.

A partida em que a defesa catalã deixou de ser intransponível contou, justamente, com uma novidade debaixo das traves: Ter Stegen substituiu o chileno Claudio Bravo e, visivelmente inapto ao estilo de jogo da equipe, foi decisivo para a derrota como visitante ao falhar no segundo gol, deixando o canto aberto para Verratti – o jogador com menor estatura em campo – cabecear para o fundo das redes e contribuir com a vantagem do PSG no placar.

O jogo contou com a quebra de duas marcas: Messi, ao marcar o gol de empate no primeiro tempo, igualou a marca de Cristiano Ronaldo, com 68 gols marcados, e se juntou ao português na caça a Raúl, que se mantém como maior artilheiro da Liga dos Campeões com 71 bolas na rede. Além disso, Xavi ultrapassou Raúl ao entrar em campo, no segundo tempo, substituindo Rakitic: o camisa 6 entra na história ao ser o único atleta a disputar 143 jogos na maior competição do futebol europeu.

O jogo

No início do jogo, o Barcelona procurou manter a posse de bola com base na troca de passes, mas acabou exagerando no preciosismo, em alguns momentos, e possibilitando as roubadas de bola por parte dos marcadores do PSG. Os comandados de Luis Enrique tentaram impor uma pressão ao adversário nos minutos iniciais, mas a estratégia logo caiu por terra.

Aos dez minutos, em falta que surgiu de uma mão na bola de Daniel Alves, Lucas alçou na área de forma precisa e a bola encontrou David Luiz. O defensor brasileiro dominou o lançamento, evitando o contato de Mathieu, e bateu rasteiro, sem chances para o alemão Ter Stegen. Justamente David, que foi alvo do Barcelona na janela de transferências, foi o responsável por furar a retranca do Barça e anotar o primeiro gol contra a defesa catalã na temporada, que até então não havia sido vazada.

Entretanto, os donos da casa não tiveram tempo sequer para comemorar a vantagem. No ataque seguinte, aos 11 jogados, Messi recebeu na intermediária, tabelou com Iniesta e recebeu na marca do pênalti para arrematar com força, tirando as chances de defesa de Sirigu e empatando o jogo para os catalães. Este gol de Messi foi o seu 68º na Liga dos Campeões, empatando com Cristiano Ronaldo na busca a Raúl, que continua a ser o maior goleador da competição com 71 bolas na rede.

Com a desvantagem tirada em questão de minutos, a equipe azul-grená – que veio a campo trajada com um uniforme verde fosforescente – teve segurança para manter o estilo de jogo ofensivo. O Barça priorizava o toque de bola até mesmo nas cobranças de escanteio. Por duas vezes, Messi se aproximou da bandeirinha para receber passe de Rakitic e tentar uma jogada ensaiada com base em tabelas e toques rápidos.

Porém, a chance mais real que os visitantes tiveram para ficar em vantagem no placar foi novamente com Messi, aos 18 minutos, quando o argentino arrematou de voleio, obrigando Sirigu a praticar uma grande defesa. O lance, porém, estava anulado pelo árbitro por conta de uma disputa de bola entre Mathieu e Marquinhos.

Quando o Barcelona voltava a ficar proeminente no jogo, começando a criar algumas jogadas de efeito e chegando com frequência à área adversária, o setor defensivo voltou a falhar, enquanto o ataque insistia em tentar criar. Aos 25, a zaga espanhola vacilou e deixou Verratti, jogador com menor estatura do PSG, cabecear livre de marcação na segunda trave. O italiano aproveitou a indecisão de Ter Stegen, que ficou no meio do caminho e deixou o canto aberto para a conclusão.

Atrás do placar, o Barcelona teve dificuldades para voltar a frequentar a área adversária, já que os comandados de Laurent Blanc, em vantagem no placar, organizaram-se na defesa, com todos os atletas recuados no campo de defesa. Com linhas compactas na marcação, o Barça rodava a bola de forma inofensiva, enquanto os franceses esperavam o tempo passar.

Na volta do intervalo, a história se repetiu nos dez primeiros minutos. Aos 9, os donos da casa aumentaram a vantagem após bela jogada coletiva. Lucas e Van der Wiel fizeram tabela pela direita; o holandês chegou a linha de fundo e cruzou milimetricamente para dentro da área. O volante Matuidi apareceu como elemento surpresa no meio da zaga e completou para as redes, chutando a bola por baixo das pernas do arqueiro alemão.

No ataque seguinte, em resposta ao gol do PSG, o Barcelona diminuiu a vantagem, dessa vez, com gol de Neymar. Após cruzamento de Daniel Alves, a bola passa por Messi, que pula para tentar cabecear, mas sobra nos pés de Neymar. O camisa 11 domina curto, ajeita para o pé direito e bate com categoria no canto de Sirigu. A bola ainda toca na trave antes de morrer no fundo das redes.

Daí para frente, o jogo se desenvolveu de forma bem clara. Conservando o maior índice na posse de bola, o Barcelona foi para cima em busca do empate. Luis Enrique promoveu a entrada do jovem Munir, no lugar do apagado Pedro, para tentar dar mais movimentação ao setor ofensivo. Além do marroquino, o experiente Xavi também entrou em campo no lugar de Rakitic, fazendo história ao disputar a partida de número 143 na Liga dos Campeões, recorde de participações na competição, colocando por terra a marca de Raúl – 142 jogos.

Enquanto isso, o PSG se limitava a manter a rigidez na defesa, com linhas compactas na marcação, e agir no contragolpe. Em duas ocasiões, que chegaram nos pés de Pastore, os donos da casa tiveram chances para matar o jogo, mas o argentino definiu mal ao gol em ambas as vezes.

Aos 39 jogados, Munir deixou os presentes no estádio atônitos. O jovem recebeu na intermediária, dominou livre de marcação e bateu forte com a perna esquerda, mas a trave evitou o empate catalão. O Barcelona foi para cima, abrindo mão da própria formação, ao passo que o meia Sandro entrou no lugar de Daniel Alves.

Foi justamente Sandro, jovem criado nas categorias de base do clube catalão, que teve a oportunidade mais clara de dar o empate ao Barça. No último minuto do tempo regulamentar, o camisa 29 recebeu bela assistência de Neymar, que o enxergou livre de marcação dentro da área, mas o espanhol se precipitou na hora de definir e jogou pela linha de fundo a oportunidade de somar um ponto em Paris.

Ajax empata contra APOEL e mantém invencibilidade

A equipe do Ajax, comandada pelo ex-jogador Frank De Boer, é a única equipe invicta no Grupo F da Liga dos Campeões. Após empatar diante do PSG na estreia, os holandesdes repetiram o placar de 1 a 1 diante dos cipriotas do APOEL, somando apenas o segundo ponto na competição.

Os holandeses abriram o placar com Andersen, que aproveitou a bola rebatida pelo goleiro e conferiu da entrada da área para o fundo das redes. Porém, o APOEL buscou o empate antes do intervalo, em pênalti que surgiu de lance polêmico.

Em jogada dentro da área, a bola bateu na mão do zagueiro do Ajax e o juíz, contando com a ajuda do auxiliar, apontou a irregularidade. Na cobrança, o brasileiro Gustavo Manduca - um dos três que atua no APOEL, ao lado de Carlão e Vinícius - conferiu para as redes, garantindo o empate e dando números finais à partida.

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Fonte: Gazeta Esportiva
Fotos: Agência AFP


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