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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Nuzman, Paes e Parsons no lançamento dos mascotes olímpico e paralímpico
Lançados na noite deste domingo dentro do Fantástico, os mascotes dos Jogos Rio 2016 fizeram sua primeira aparição pública na manhã desta segunda-feira. No Ginásio Experimental Olímpico Juan Antonio Saramanch, no bairro carioca de Santa Teresa, os símbolos olímpico e paralímpico receberam a chave da cidade e posaram ao lado de seus criadores, Luciana Eguti e Paulo Muppet, do presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, do presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons, e do prefeito Eduardo Paes – que, de forma bem humorada, revelou seu voto para que a dupla de mascotes seja batizada de "Oba" e "Eba".

- Sei que tinha um monte de lobby, recebi um monte de gente defendendo macaquinho, preguiça, todo tipo de coisa. Falei que não tinha nada a ver com isso. Acho que foram super felizes, essa mistura não é só do Rio, mas do Brasil e a gente entende que as Olimpíadas têm que representar isso. Sabemos que os mascotes têm que ser inspiração permanente para a molecada. Esse lugar é simbólico, isso é legado das Olimpíadas. Essa escola venceu o intercolegial ontem (domingo), nunca uma escola pública tinha vencido um intercolegial. Acho que as Olimpíadas são para isso, inspirar, estimular, não tenho dúvida que os mascotes vão ganhar a alma e o coração dos cariocas. Não vou revelar meu voto, mas acho que é muito legal a gente dar um "Oba" para todo mundo - disse rindo Eduardo Paes.

Diretora de marca do Comitê Rio 2016, Beth Lula revelou uma operação de guerra desde que a proposta foi apresentada ao diretor do Anima Mundi, Cesar Coelho. Desde a procura aos organizadores do festival foram 15 meses de sigilo, garantidos pelo controle biométrico de acesso ao desenvolvimento, mudanças constantes de códigos, senhas e arquivos criptografadas, com todos as partes envolvidas blindadas por contratos de confidencialidade.

Um dos papeis mais importantes, porém, coube a crianças de 6 a 12 anos. Das 24 empresas que se candidataram ao concurso nacional para a escolha dos mascotes, 14 apresentaram briefing criativos, e três pares de personagens foram apresentados aos pequenos fãs, tidos como público-alvo para o consumo da marca. De cara, uma das propostas foi recusada, e os dois pares restantes foram levados a uma comissão julgadora com 14 membros de COI, IPC e profissionais do mercado de design. Em agosto de 2013, a Birdo Produções, empresa de São Paulo, foi escolhida vencedora.


- A nossa busca foi de um personagem original. A gente se baseou mais no conceito de traduzir a diversidade do Brasil, e aí trabalhar fauna e flora, do que necessariamente ter a preocupação de ficar referenciando ao que foi passado. Acreditamos muito nessa empatia que os personagens trazem justamente por terem essa carga visual. E a gente já tem esse repertório voltado para o público infantil. Para nós foi como se tivéssemos ganhado uma medalha por saber que fizemos algo que entraria para a história. Para qualquer artista é algo muito gratificante – disse Luciana Eguti.
Luciana Eguti e Paulo Muppet: criadores dos mascotes posam com pelúcias dos personagens


Inspirados na fauna e na flora brasileira, os mascotes ainda não têm nomes definidos. Os fãs vão escolher, e todos poderão votar entre opções que incluem três pares de nome, um para o mascote olímpico, outro para o paralímpico. A votação acontece pelo site criado especialmente para a dupla: www.rio2016.com/mascotes. Também será possível votar no perfil do Rio 2016 no Twitter (@Rio2016). O resultado será conhecido no dia 14 de dezembro. As opções são: "Oba e Eba", "Tiba Tuque e Esquindim" e "Vinicius e Tom".

Presidente do CPB e vice-presidente do IPC, Andrew Parsons preferiu não divulgar sua opinião, mas descartou as brincadeiras sobre a "cabeleira" do mascote paralímpico.

- Recebi muitos telefonemas de ontem (domingo) para hoje (segunda) mostrando ótima aceitação dos mascotes. Ouvi piada também sobre a cabeleira, falando que parecia o David Luiz (zagueiro da seleção brasileira e do PSG da França). Mas não tem nada de David Luiz. Ele tem cara de "Eba", "Esquindim" ou "Tom".

Durante a cerimônia de apresentação dos mascotes, os criadores receberam as primeiras versões dos personagens em pelúcia e se emocionaram. Os corpos das peças que eles receberam são estruturados e permitem pequenos movimentos. De acordo com o Comitê Rio 2016, os últimos testes no site de venda de produtos licenciados estão sendo realizados, e a comercialização dos mascotes pode ser iniciada ainda nesta semana.
Mascotes fazem a festa da criançada em uma escola de Santa Teresa



A HISTÓRIA DOS MASCOTES


A origem dos mascotes Rio 2016 mistura ficção e realidade. Sua história conta que, no dia em que foi anunciado que o Rio seria a sede dos Jogos, em 2 de outubro de 2009, a alegria dos brasileiros foi sentida por toda a natureza e dessa energia nasceram os mascotes. Ambos são criaturas mágicas e prometem encantar a todos com seus superpoderes. 

O mascote olímpico representa a diversidade dos animais do país - tem a agilidade dos felinos, o gingado dos macacos e a leveza das aves. Tem o olfato apurado, capaz de farejar aventuras, e uma audição que ajuda a encontrar as torcidas mais animadas. Além disso, pode esticar seus braços e pernas como quiser: pode estar com a cabeça no Pão de açúcar, com os pés no Maracanã e as mãos no Corcovado - tudo ao mesmo tempo! Morador de uma casa na árvore na Floresta da Tijuca, faz o tipo hiperconectado - compartilha sempre as novidades nas redes sociais. Carioca da gema, é apaixonado por música brasileira e passa o dia inteiro na ativa. Além de praticar todos os esportes Olímpicos, está sempre fazendo surfe, slackline, stand up paddle ou kitesurf...


Já o paralímpico é uma inédita mistura da flora brasileira - está sempre crescendo e superando obstáculos. Com uma cabeleira de folhagens tropicais, o mascote paralímpico é um ser cativante, que traduz a energia das nossas matas em suas cores e formas. Possui a capacidade transformadora da flora e não acredita que exista barreiras que não possam ser superadas. Como as plantas, está sempre crescendo em direção ao sol e superando obstáculos.
Quando está diante de um problema, digamos, “cabeludo”, é capaz de tirar qualquer coisa de dentro da cabeleira para achar a solução - uma bola, uma bicicleta ou até um polvo para trocar várias lâmpadas ao mesmo tempo! Como embaixador dos Jogos Paralímpicos vai ensinar as pessoas a buscarem dentro de si o que têm de melhor, colaborando para que desenvolvam sempre seu potencial.

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Fonte: Globoesporte.com
Fotos: Divulgação, André Durão e Helena Rebello.


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