Revista Novo Perfil Esportes

quinta-feira, 13 de junho de 2013

O Estádio Mané Garrincha não chega a estar com as pernas tortas. Ao contrário. Suas enormes vigas de sustentação já se integraram harmonicamente à original arquitetura de Brasília e chamam a atenção de quem passa pelo local. “Ali está o Gigante!”, aponta um taxista, dizendo-se curioso para descobrir o interior da nova arena – que ainda passa por pequenos reparos – de sua cidade.
Em visita ao estádio que sediará o primeiro jogo da Seleção Brasileira na Copa das Confederações, contra o Japão, no sábado, a reportagem da Gazeta Esportiva se misturou aos funcionários que estavam no local. Todos trabalhavam com o barulho de música bastante alta, audível a metros de distância do estádio, que ecoava dos alto-falantes do Mané Garrincha.
Os cuidados com a arena começam já do lado de fora, com muito policiamento. Só é possível acessar o entorno depois de passar por minuciosa revista em aparelhos de detecção de metais. Os seguranças se mostram solícitos com todos os visitantes e, quando não há nenhum deles por perto ou mesmo um colega para conversar, sacam suas próprias câmeras fotográficas para registrar imagens do palco da Copa do Mundo de 2014.
Metros à frente, os voluntários da Fifa cumprimentam quem passa por ali. No mesmo setor de acesso, faxineiros esfregam o chão com minúcia, tentando retirar o excesso de terra do trajeto até as cadeiras vermelhas das arquibancadas. Algumas demarcações da época da construção do Mané Garrincha ainda persistem naquela região, onde todo o entulho é devidamente recolhido.
A visão da plateia é o ponto alto da visita. O “Gigante” é compacto por dentro, deixando o público bem próximo do campo onde estarão os jogadores do Brasil no fim de semana. Por enquanto, quem desfila por ali ainda são os responsáveis por retocar o gramado – que demorou a ser instalado por causa do período de chuvas em Brasília. As redes das traves, que têm o formato quadrado adotado pela Fifa, ficam recolhidas às vésperas do jogo.
Também há apuro com os camarotes, situados entre os setores inferior e superior de arquibancadas. Muitos deles ficam com as portas abertas, à espera de mais um ou outro equipamento. Para chegar ali, uma urgência maior para quem recorre às escadas (os elevadores estavam desativados naquele instante): faltam corrimões, apesar de os suportes para eles já terem sido afixados. Resta também acoplar alguns dos extintores de incêndio.
Quem vai à área externa do camarote e olha para cima ainda pode observar operários em ação na cobertura, vazada em um ponto. A imagem que vem à mente é a do problema recente enfrentado pela Arena Fonte Nova, que viu o seu teto não resistir ao acúmulo de água da chuva e romper-se.
Os funcionários do Mané Garrincha esperam que tudo esteja endireitado para a partida entre Brasil e Japão. Lá fora, muita gente espera trabalhar tanto quanto. “Nossos superiores já pediram para virmos em peso no dia do jogo. Não pode faltar táxi”, sorriu o taxista, que também prevê aumento de clientela para comerciantes e –“principalmente”, conforme enfatizou – garotas de programa. A expectativa do povo do Distrito Federal é, sem dúvida, “Gigante”.
Revista Novo Perfil
Fonte: Helder Júnior/Gazeta Esportiva
Fotos: Djalma Vassão/Gazeta Press


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