Messi é camisa 10 da Argentina. Usa a faixa de capitão, é ídolo de um dos maiores clubes do mundo e pode se orgulhar de já ter disputado a Copa do Mundo. Demorou, mas Neymar, enfim, também é, e tem tudo isso. Em menor escala, é verdade. Assumiu a camisa 10 da seleção brasileira ainda com Felipão, herdou o posto de líder com Dunga, tem conquistado cada vez mais a torcida do Barcelona e, enquanto o amigo já foi a três Copas do Mundo, ele disputou a primeira.
No Superclássico das Américas que será disputado neste sábado, às 9h05 (horário de Brasília), pela primeira vez Neymar vai enfrentar Messi num patamar muito mais parecido com o do argentino.
Cinco anos mais novo do que seu companheiro de clube, Neymar jamais escondeu a admiração, até mesmo a idolatria. O brasileiro tem 22 anos, justamente a idade que Messi tinha quando foi eleito, pela primeira vez, o melhor jogador do mundo. Isso se repetiria nos três anos consecutivos. Neymar ainda não conquistou esse prêmio.
Mas vem acumulando outras conquistas. Se no Barcelona ele usa a camisa 11, já que a 10 é de Lionel, na Seleção ele recebeu o mítico número usado por Pelé e outros craques como presente por sua indiscutível qualidade técnica. A faixa de capitão também é um troféu muito mais à sua liderança técnica do que propriamente à personalidade.
Assim como Messi, capitão da Argentina, Neymar não é o mais experiente, não é de falar demais nem de exercer ascendência sobre os parceiros. Ambos usam a faixa pelo simples motivo de serem decisivos para seus times dentro de campo.
Até hoje, os craques estiveram frente a frente por três oportunidades. Messi levou a melhor em todas. Pela seleção, venceu os amistosos de 2010 (1 a 0) e 2012 (4 a 3). No Barcelona, conquistou o Mundial de Clubes de 2011 quando Neymar ainda estava no Santos. A equipe paulista sucumbiu: 4 a 0 no que o atacante resumiu como uma “aula” sofrida.
Por mais badalado que fosse no Peixe, o brasileiro atingiu outro status ao se transferir para uma potência europeia, muito mais vista no mundo inteiro. Ter conduzido o Brasil à semifinal da Copa do Mundo também fez aumentar seu prestígio no futebol. A primeira vitória sobre Messi, levantar um troféu diante de seu parceiro, amigo e, neste sábado, adversário, pode elevar ainda mais o patamar de Neymar.
Revista Novo Perfil online
Fonte: Alexandre Lozetti/Globoesporte.com
Fotos: Getty Images e Agência EFE
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