Revista Novo Perfil Esportes

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Com o intuito de deixar o futebol mais atraente para o público, é um costume da Uefa realizar reuniões para serem discutidas possíveis mudanças nas regras do esporte. Mesmo aposentado, Alex Ferguson encontrou uma maneira de continuar envolvido e é um dos líderes do fórum, que, no momento, tem como principal pauta o aumento de jogadores no banco de reservas para 11. Além das atitudes mais simples de serem realizadas, existe uma “pasta” de mudanças radicais, que estaria tentando transferir a disputa de pênaltis para o começo da partida.

Segundo o jornal britânico The Independent, o principal argumento utilizado para tentar colocar em prática essa inovação seria que esse fato impediria uma equipe de entrar na partida pensando apenas em levar para a decisão de pênaltis. Como exemplo, eles citam a final da Liga dos Campeões de 1986, na qual o Steua Bucareste conseguiu segurar o Barcelona após um 0 a 0 durante os 120 minutos e acabou ficando com o título.

Mas aí você pergunta: "e se o mais fraco já souber que vencerá nas penalidades máximas, não encorajaria uma retranca ainda maior?". Sim, os cartolas da Uefa sabem dessa possibilidade, mas preferem isso do que correrem o risco de uma partida chegar na prorrogação e nenhum dos dois times se arriscarem para definir a partida.

Para os defensores dessa ideia, ainda segundo o The Independent, a mudança traria mais equilíbrio e emoção para o jogo, da mesma forma que o critério do gol marcado fora de casa faz, quando o classificado pode mudar a qualquer momento. 

Ainda há outras pequenas vantagens de se realizar a disputa de pênalti antes de a bola rolar. Para eles, isso também garantiria que os torcedores estivessem em seus lugares 15 minutos antes do apito inicial e daria outra carga de emoção para os espectadores.

Um outro ponto analisado é que essa mudança acabaria com o "vilão" da decisão. Hoje em dia, é quase que comum classificar dessa maneira quem desperdiça a cobrança final. Foi assim com o italiano Roberto Baggio na final da Copa de 1994, que foi colocado como grande culpado pela derrota. Porém, o que quase ninguém se lembra, é que Franco Baresi também não teve sucesso na batida e acabou passando "despercebido".

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Fonte: Terra
Fotos: Shaun Botterill/Getty Images, Dominic Ebenbichler/Reuters e Michael Dalder/Reuters.


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