Revista Novo Perfil Esportes

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Derrotado por sua maior rival em dois dos últimos três Mundiais de basquete e nos Jogos Olímpicos de 2012, o Brasil deu fim à freguesia para a Argentina em jogos eliminatórias nas duas principais competições da modalidade neste domingo com uma vitória por 85 a 65, que classificou a seleção para as quartas de final na Espanha.

Com mais uma exibição defensiva muito boa, desta vez em Madri, no Palácio de Deportes, a equipe brasileira, que venceu o Mundial duas vezes, em 1959 e 1963, avançou para pegar a Sérvia, que também neste domingo venceu a Grécia por 90 a 72. O jogo acontecerá na próxima quarta, também na capital espanhola. As duas seleções já se enfrentaram na fase de grupos, e o time de Rubén Magnano levou a melhor pelo placar de 81 a 73.

A diferença só não foi maior porque a campeã olímpica de 2004 e campeã mundial de 1950 mostrou eficiência nos chutes de três pontos, acertando dez deles. Por outro lado, nos lances livres, que costumam ser o ponto fraco do Brasil, a Argentina esteve mal, convertendo 11 de 18.

A seleção brasileira vinha de três derrotas amargas para a maior rival, que a eliminou nas quartas de final do Mundial de 2002 (78 a 67), nas oitavas em 2010 (93 a 89) e nas quartas dos Jogos de Londres, em 2012 (82 a 77). Somam-se a elas os reveses do pré-olímpico de 2007, que tirou o país dos Jogos de Pequim.

O coletivo, principalmente na defesa, foi a grande arma da bicampeã. Na parte individual, os destaques foram o armador Raulzinho, que saiu do banco para marcar 21 pontos, o ala Marquinhos, com 13 pontos e oito rebotes, e o pivô Anderson Varejão, com oito pontos e nove rebotes.

Decisivo na derrota de exatos quatro anos atrás, em 7 de setembro de 2010, quando fez 37 pontos, o ala-pivô Luis Scola foi anulado desta vez e marcou apenas nove. Nervoso, ele errou cinco de dez lances livres. O jogador do Indiana Pacers era um dos quatro remanescentes do ouro em Atenas, ao lado dos alas Andrés Nocioni e Walter Herrmann e do armador Pablo Prigioni.


O diferencial no primeiro quarto foram as bolas de três pontos da 'Albiceleste'. O Brasil conseguiu anular o principal jogador adversário, Scola, mas não conseguia parar os chutes de fora. Prigioni acertou três, Gutiérrez e Campazzo, um cada. Dessa forma, o primeiro quarto terminou com placar de 21 a 13 para os campeões olímpicos de 2004.

Segundo período diferente e Giovannoni já acertou logo uma de três. A marcação melhorou e, pacientemente, a seleção brasileira foi diminuindo a diferença até ser de dois pontos, em 29 a 27. No intervalo, o placar era de 36 a 33.

Na volta, Scola foi de discreto a ruim, errou quatro lances livres em sequência e ainda cometeu falta em Marquinhos. Perfeito nesse momento, o time bicampeão mundial virou em 40 a 36. A distância foi aumentando aos poucos, e quando a vencedora do torneio em 1950 resolveu ameaçar com um chute de fora de Campazzo e Herrmann, Raulzinho e Marquinhos respondeu na mesma moeda, ajudando o Brasil a terminar o terceiro quarto levando a melhor por 57 a 49.

Cansada e sem muita motivação, a 'Albiceleste' apenas assistiu à partida nos dez minutos finais. Com jogadores inspirados, principalmente Raulzinho, o Brasil deu show e ampliou a diferença para 20 pontos.

Ficha técnica:.

Brasil: Marcelinho Huertas (0), Leandrinho (10), Anderson Varejão (8), Marquinhos (13) e Tiago Splitter (10). Entraram: Alex (5), Raulzinho (21), Larry Taylor (4), Guilherme Giovannoni (7) e Nenê (7).

Argentina: Pablo Prigioni (18), Facundo Campazzo (11), Leo Gutiérrez (6), Andrés Nocioni (4) e Luis Scola (9). Entraram: Marcos Mata, Walter Herrmann (5), Nicolás Laprovittola (0), Marcos Delis (2) e Selem Safar (10).

Árbitros: Luigi Lamonica (ITA), Jorge Vázquez (PUR) e Sreten Radovic (CRO).

Local: Palácio de Deportes, em Madri.

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Fonte: Agência EFE via Terra


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