Correr é uma atividade física que melhora o condicionamento físico, os sistemas respiratório e cardíaco, fortalece os músculos e alivia tensão, entre outros benefícios. Mas será que o hábito faz bem para todo mundo?
Pessoas com sobrepeso ou obesas podem ter desde pequenos desconfortos até graves lesões ao calçar os tênis e encarar o asfalto. Além disso, a prática pode agravar doenças crônicas já existentes, caso o esportista comece a correr sem realizar exames e o acompanhamento de um profissional.
Segundo o fisiologista Dr. Turíbio Leite de Barros, a decisão de começar a praticar exercícios é uma boa iniciativa, mas essa energia deve ser gasta com calma. “As pessoas obesas ou com sobrepeso devem começar gradativamente, com uma caminhada. A corrida nunca deve ser a primeira opção”, orienta.
Mergulhe nessa ideia - A hidrotrainer Luciana Falcão, especialista em atividades realizadas na água, sugere que pessoas com excesso de peso optem por começar o treino dentro da piscina. “Estar submerso alivia as articulações e diminui a sensação do peso. Além do que, o atleta transfere o calor do seu corpo para a água, impedindo que sua temperatura aumente”, explica.
Para aqueles que desejam correr pelas ruas, a treinadora dá uma dica: “para fortalecer as articulações é necessário fazer um treino de deep running, ou seja, correr dentro da água sem tocar os pés no chão com a ajuda de um colete flutuante”. Ela também garante que os equipamentos aguentam pessoas com mais de 100 quilos.
Depois de se submeterem ao treino de adaptação, que pode durar até dois meses, Luciana conta que os atletas começam a ser escalados para treinos em terra. “No começo temos que adaptar o pulmão do indivíduo para a água, por isso normalmente algumas aulas chegam a durar só dez minutos. Em seguida, levamos ele para as pistas”, esclarece.
Na hora H- Dr. Turíbio também alerta que, após fortalecer a musculatura dos membros inferiores, o atleta tome cuidado com os excessos. “Os impactos causados na corrida podem provocar lesões, principalmente nos joelhos, tornozelos e no quadril”, observa.
Depois de ter condições, cabe ao corredor estabelecer seus próprios limites e saber quando está na hora de diminuir o ritmo. “Se o atleta não consegue correr até dez ou 15 minutos sem atingir a exaustão, ele ainda não está apto para correr e deve voltar para a caminhada”, explica o Técnico em corrida de rua e preparador físico Henrique Guedes.
Por: Henrique Guedes Cref: 002962 G/PB
Preparador Físico, Personal Traing, Técnico de Corrida de Rua e Professor de Natação.
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