Revista Novo Perfil Esportes

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

O treinador José Mourinho aprendeu uma dolorosa lição nesta quarta-feira: não se deve provocar um craque. No último sábado, o comandante do Chelsea desdenhou de CR7 ao afirmar que treinou o verdadeiro Ronaldo, o brasileiro. Irônico, o destino colocou os portugueses frente a frente menos de uma semana após a polêmica declaração. Real Madrid e os Blues jogaram a final da Champions Cup, um torneio amistoso disputado nos Estados Unidos, e os merengues venceram por 3 a 1, com dois gols do atacante, que não perdoou e provocou seu antigo comandante.
Para chegar à decisão, o Real passou por Los Angeles Galaxy e Everton. O Chelsea superou Internazionale e Milan, que bateu o time americano na preliminar e ficou com a terceira posição. O jogo foi digno de playoffs da Liga dos Campeões dentro e fora de campo, com direito a festa de abertura cheia de efeitos, o que atrasou o apito inicial. Os problemas entre Mourinho e metade do time espanhol só aumentaram o clima de partida decisiva. O que deveria ser um amistoso acabou se transformando em um jogaço extremamente competitivo, que só se acalmou quando a fatura já estava liquidada.
Mais time e com CR7 inspirado, Real se sobressai
A diferença entre as duas equipes estava clara: enquanto o Real jogava como música, o Chelsea parecia uma equipe ainda em formação. O panorama inicial era desfavorável para os ingleses. Cristiano Ronaldo e Marcelo contra Ivanovic e Cahill. Uma tragédia anunciada. Aos 13 minutos, Marcelo recebeu  de Modric, avançou até a área e chutou rasteiro para abrir o placar. Os Blues contaram com a sorte e empataram na jogada seguinte. Ramires, com sua velocidade característica, deixou Arbeloa e Sergio Ramos comendo poeira e, de frente para Casillas, empatou com uma linda cavadinha.
Mourinho corrigiu rapidamente os problemas defensivos. Ramires e Oscar se revezavam na proteção ao lado direito da defesa. Com o setor congestionado, Cristiano Ronaldo passou a se movimentar mais, o que foi bom para os Blues. No ataque, contudo, os ingleses não conseguiam se entender. Lukaku, isolado na frente, não se entendia com seus armadores, que erravam todas as tentativas de chegada à área adversária. Lampard, sumido, tentou poucos chutes de longe.
A movimentação de CR7 fez o Real perder a referência ofensiva, mas indiretamente os ajudou a chegar ao segundo gol. Aos 31 minutos, o craque sofreu falta de Ivanovic na entrada da área. O próprio cobrou e marcou. O goleiro Cech se esticou, chegou a tocar a bola, mas a falta foi tão bem cobrada que não tinha jeito. Na comemoração, Cristiano não esqueceu Mourinho. Virou-se para o banco do Chelsea, olhando com um ar debochado e apontou os dois dedos para si como quem dizia "eu sou o cara". Mou teve que engolir.
Decisão ganha ares de amistoso
Para a segunda etapa, O Chelsea voltou com algumas mudanças no meio de campo e deixou de esperar o Real em seu setor defensivo. O time melhorou, passou a ficar mais ousado e quase empatou aos sete minutos. Hazard recebeu ótimo passe de Ramires, ficou de frente para o gol, mas Casillas fez boa defesa. Quando os londrinos começavam a ganhar confiança, Cristiano Ronaldo voltou a aprontar.
Aos 11 minutos, Isco tentava encontrar alguém luivre para cruzar a bola. CR7, que estava fora da área percebeu e correu sem marcação para receber e cabecear para o fundo da rede. Na comemoração, novo ar de superioridade direcionado a Mourinho. Após o terceiro gol, o Chelsea entregou as fichas, e a partida ganhou ares de amistoso. Os dois treinadores imprimiram várias substituições para dar ritmo de jogo a jogadores que não serão titulares no decorrer da temporada. Casemiro, que vem ganhando a confiança de Carlo Ancelotti foi um dos acionados. Kaká, todavia, permaneceu no banco.
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Fonte: Globoesporte.com
Fotos: Agência AFP


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