Pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública (FSP), da Universidade de São Paulo (USP), descobriram que 12,2% dos jovens da capital apresentam comportamentos de risco para transtornos alimentares e 31,9% alguma prática não saudável para controle do peso.
O estudo foi realizado com 1.167 jovens, com idade entre 14 e 19 anos, estudantes do ensino médio de Escolas Técnicas do Centro Paula Souza, no município de São Paulo. Os riscos das dietas restritivas na adolescência estão relacionados ao fato de que tais dietas são hipocalóricas, ou seja, não atendem as necessidades nutricionais e podem comprometer o crescimento e desenvolvimento desses jovens.
Além disso, dietas restritivas causam privação física e emocional, e isso pode desencadear frustração e raiva, já que pessoa sente-se frustrada por não comer certos alimentos. Por sua vez, também pode levar ao sentimento de culpa e medo, que acompanha comportamentos purgativos compensatórios, como vômito autoinduzido e uso de laxantes e diuréticos. A nutricionista e autora do estudo, Greisse Viero da Silva Leal, afirma que há a necessidade de pais e até mesmo os próprios jovens reconhecerem precocemente as atitudes que podem desencadear transtornos alimentares para auxiliar na prevenção de doenças.
Segundo ela, é necessário incentivar o consumo de uma alimentação balanceada com horários regulares, de forma variada e prazerosa, e a prática de atividade física de acordo com a aptidão de cada um, sem que seja uma obrigação. Promover a satisfação corporal é primordial, ressaltando para esses jovens a existência de diversos tipos de corpo e a impossibilidade de padronização de pesos, tamanhos ou medidas corporais.
Revista Novo Perfil Online
Por Jornalismo Portal EF
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