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domingo, 3 de março de 2013

A falta de vitamina C pode levar ao escorbuto, bem como a alterações do sistema imunológico, favorecendo quadros de infecções respiratórias em qualquer faixa etária.


São Paulo - A falta de vitamina C pode levar a uma doença conhecida como escorbuto, bem como a alterações do sistema imunológico, favorecendo quadros de infecções respiratórias em qualquer faixa etária. Entretanto, o contrário não é válido, ou seja, o excesso de oferta de vitamina C não protege contra essas infecções e nem contra câncer e doenças cardíacas, como sugeriu Linus Pauling, ganhador de prêmio Nobel de Química (1954) e da Paz (1962 – luta contra armas atômicas).

Sua proposta era de 3.000 mg/dia para esse efeito, muito além dos 1.000 mg (1 gr) proposto em um estudo realizado na Divisão de Epidemiologia Nacional do Instituto Karolinska, na Suécia e publicado no JAMA – Journal of American Medical Association (04/02/2013), que demonstrou que ingestões diárias de vitamina C acima de 1.000 mg podem causar cálculos renais em homens entre 45 e 79 anos (quase 46.000 casos estudados).

Desde 1996, Linus Pauling tomava diariamente uma dose de 18 gramas (18.000 mg) de vitamina C ao dia. Em 1991, descobriu que tinha câncer e faleceu aos 93 anos. Enquanto ele acreditava que a vitamina C havia retardado o aparecimento dessa doença em seu organismo, na época, todos achavam que essas altas doses foram as responsáveis pelo seu adoecimento.

“Nosso organismo utiliza as suas necessidades da vitamina C e o resto é eliminado pela urina de forma que, por suas características, o excesso de vitamina C no organismo aumenta muito os riscos de formação de cálculo renal, conforme comprovado por trabalhos (como esse relatado acima, realizado na Suécia). Vale lembrar que a concentração dos comprimidos efervescentes de vitamina C vão de 500 mg a 1.000 mg. É esperado que uma dose desses comprimidos não vá levar a um quadro de complicações, mas há que se lembrar que cada indivíduo tem sua maior ou menor sensibilidade ao estímulo”, explica o pediatra Moises Chencinski. Assim sendo, muito cuidado no uso de qualquer medicamento sem orientação médica, mesmo uma aparentemente “inocente vitamina C”.
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Fonte: Matéria publicada no portal Revista Exame


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