Revista Novo Perfil Esportes

quarta-feira, 17 de outubro de 2012


Kaká estava praticamente encostado no Real Madrid quando voltou a ser convocado por Mano Menezes. O que a princípio parecia uma manobra para desviar a atenção da crise da seleção transformou-se na solução dos problemas do time. Depois de chegar como contrapeso aos clubes brasileiros, o melhor do mundo em 2007 deixa a equipe como referência dentro e fora de campo.

O jogador vivia uma crise com o técnico José Mourinho no Real Madrid quando foi lembrado por Mano. Era a oportunidade de estrear na seleção sob o comando do atual treinador, justamente quando ele estava na berlinda após o modesto 1 a 0 contra a África do Sul e o suado 2 a 1 na Argentina.

Kaká, então, serviria como um para-raios. Blindaria o resto da seleção das críticas e serviria, de quebra, como um contrapeso para os desfalques aos clubes brasileiros, que ganhavam cada vez mais destaque por conta do mau momento da seleção.

Antes mesmo de ir à seleção, o meia já deu sinais de melhora ao jogar bem pelo Real Madrid contra o Ajax, pela Liga dos Campeões. Ao chegar na concentração, porém, a sensação era que ele havia se ausentado por duas semanas, e não dois anos. Sem sequer conhecer pessoalmente Neymar, a principal estrela da equipe, ele tomou conta do time.

Foi o assunto principal de todas as entrevistas, participou das brincadeiras com os companheiros e foi o capitão de um dos times do treino recreativo, sempre um bom termômetro para avaliar a importância de um jogador internamente. “Dentro do grupo foi o mais surpreendente. Eu conhecia menos da metade deles. A forma como me receberam me deixou muito à vontade”, avaliou Kaká após o 4 a 0 no Japão.

Só que mais que a postura de líder fora de campo, o meia fez a diferença dentro dele. Escalado como titular ao lado de Oscar, Neymar e Hulk, ele participou ativamente das goleadas sobre o Japão e também do 6 a 0 sobre o Iraque, na última quinta. Em um esquema tático novo para a seleção, sem um centroavante, ele foi apontado por Mano Menezes como “determinante” para a melhora do desempenho.

“Internamente estamos trabalhando com essa ideia de deixar a seleção sem referência há bastante tempo e isso não havia se encaixado, mas agora temos jogadores de meio que dão sustentação para jogar sem referência, o requer mais entendimento de jogo”, disse Mano, que não citou Kaká, mas deixou claro que foi a entrada do meia que permitiu a mudança. 


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Fonte: Uol Esportes


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