Revista Novo Perfil Esportes

sábado, 20 de outubro de 2012

Na hora do aperto, até mesmo as crendices populares passam a valer a pena. A vitória do Palmeiras desta teve direito a show particular de Hernán Barcos e uma ajudinha extra de um banho de sal grosso dado pelo assessor de imprensa do clube paulista antes da bola rolar. No mesmo gol em que o "trabalho" foi feito, o Cruzeiro parou na trave no primeiro tempo, mas o argentino fez os dois gols. Agora, ele chegou aos 25 na temporada e fica a dois de bater a meta prometida assim que desembarcou no Brasil.

A vitoria por 2 a 0 levou os palmeirenses aos 32 pontos, quatro a menos que o Bahia, que ficou no 1 a 1 com o Corinthians. Já o Cruzeiro fica com o sonho muito distante, estacionado nos 43 pontos e pode acabar a rodada a 15 de entrar no grupo dos quatro melhores do Brasileirão.

Agora, o Palmeiras tenta deixar o Brasileirão de lado por três dias. Depois de curtir folga no domingo, a delegação treina na segunda-feira para depois viajar à Colômbia. Em Bogotá, o desafio é válido pelo segundo jogo das oitavas de final da Copa Sul-Americana diante do Millonários. Pelo Brasileiro, a equipe volta a jogar no sábado, contra o Internacional, no Beira-Rio. Já o Cruzeiro treina até quinta-feira, quando enfrenta a Ponte Preta, em Campinas. 

O jogo deste sábado começou equilibrado, com as duas equipes tentando fazer infiltrações na intermediária. Foram assim que nasceram as principais chances de gol durante todo o primeiro tempo. A única exceção foi aos 15 minutos, quando Marcos Assunção bateu falta na entrada da área que contou com o desvio de Barcos. Fábio segurou a bola em dois tempos. Na resposta cruzeirense, Bruno fez ótima defesa aos 20 minutos após passe de Souza para Anselmo Ramón. O atacante recebeu pela direita da área, chutou cruzado e viu o goleiro palmeirense se esticar para segurar a bola. 

A melhor chance do jogo, no entanto, veio nos últimos 10 minutos, na primeira tentativa do Cruzeiro de atacar pelo lado esquerdo. Martinuccio cruzou, e Anselmo Ramón deu um carrinho para finalizar. A bola bateu no pé da trave esquerda de Bruno, justamente no local em que a trave havia recebido o banho de sal grosso, e foi para fora. Essa foi a gota d'água para a impaciente torcida palmeirense, que já ensaiou coros de "Obina". 

No segundo tempo, Gilson Kleina não promoveu mudanças, mas deu dez minutos para que elas acontecessem. Vendo o time com o mesmo problema de criação, o treinador resolveu colocar Wesley no lugar de Betinho, que brigava muito à frente, mas não ajudava muito para levar perigo ao Cruzeiro. Roth respondeu também mexendo no meio e colocou Tinga no lugar de William Magrão. 

No primeiro lance em que efetivamente participou de jogo, Wesley foi muito bem. Ele fez tabela com seu companheiro e chutou de chapa, buscando o ângulo de Fábio, que fez boa defesa. Gilson Kleina, no entanto, não se deu por satisfeito. O comandante promoveu outra mudança e colocou Obina no lugar de Luan. A mudança aumentou o abafa e finalmente fez o Palmeiras abrir o placar. Marcos Assunção cobrou falta sofrida por Artur e Barcos subiu mais alto que a zaga cruzeirense. O argentino testou firme para o fundo das redes de Fábio e foi instantaneamente cercado por todos do time, inclusive Gilson Kleina e Narciso, que invadiram o gramado para a comemoração. 

O gol incendiou os quase 10 mil palmeirenses que estavam na Arena da Fonte. Os gritos passaram a empurrar o time na hora do ataque e reforçavam a marcação na hora da defesa. Foi aí que Barcos encerrou a festa com um golaço. Obina dominou bola na entrada da área da esquerda, controlou bem e passou para o argentino, que dominou e deu o corpo para o zagueiro. Na saída de Fábio, o camisa 9 deu um toque de classe por cima do cruzeirense e definiu o triunfo.

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Fonte: UOL


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